quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Estranhos acontecimentos














Terça-feira a noite, Danilo se deita cedo como é de costume, sem mais lembrar de sua desconfortável experiência de alguns dias atrás. Na cama após algumas orações de praxe, Danilo pôe-se a lembrar acontecimentos estranhos que se passsaram o longo do dia enquanto o sono não vem.
Durante o dia dois acontecimentos chamaram sua atenção, o primeiro ocorreu ao chegar em casa na parte da tarde daquele dia. Seus pais somente chegavam à casa a noite, o que fazia com que o menino passsase algumas horas da tarde sozinho, isso não era problema para ele, visto que estudava e depois assistia TV, como qualquer criança.
Mas neste dia ao terminar seus estudos, no caminho para sala para assistir TV, o pequeno menino repara um estranho barulho em seu destino como se algo batesse à madeira de alguma prateleira. O incomum som o chama a atenção e faz com que reduza seus passos e procure a origem do estranho fenômeno, mesmo que ainda no corredor, que dá acesso à sala, a origem deste.
Com certo receio Danilo se aproxima da sala focado no barulho e parece perceber que estranho som se origina acima de sua TV, que possui um contorno de madeira. Ao chegar perto o som se extingue. Danilo senta-se ao sofá pensativo no que poderia ter causado tal acontecimento; somente ele em casa, tudo desligado, nenhum vento ou animal de estimação, aquilo, de fato, foi muito estranho. Como qualquer menino assustado, Danilo resolve não ficar em casa até seus pais chegarem então vai ao PlayGround brincar.
Voltando minutos depois para pegar uma bola e assim jogar com os amigos que encontrara no play, Danilo sobe novamente ao apartamento. Ao colocar a chave na fechadura lembra do estranho ocorrido a minutos atrás e volta a ficar assustado. Mas mesmo assim resolve entrar, e para sua infelicidade, o para barulho que ouvira antes recomeça. Da porta ainda Danilo pensa o que fazer, então, mesmo com medo resolve entrar e ver com os olhos o que se passa e, como acontecera antes, ao olhar para a TV o barulho cessa.
Aliviado, porém confuso, o pequeno jovem fica parado por alguns segundos diante do invisível mas indubitável fato que novamente ocorrera. Como uma criança que não entende como um avião pode voar, resolve simplesmente, e novamente, ignorar e continuar. Então põe-se a procurar seu motivo de subida: a bola. Danilo a encontra no banheiro de serviço e volta à cozinha para pegar seus chinelos e retornar ao play, quando se depara com algo muito mais assustador e material.
O par de chinelos que deixara na cozinha, ao chegar em casa, não era mais um par e sim somente um chinelo apenas. Isso fez com que o menino tivesse um arrepio dos pés à cabeça. Seus dedos ficaram gelados quase que instântaneamente ao dar falta do pé esquerdo. O ocorrido o deixou amedrontado, mas também curioso e Danilo colocou-se a procurar pelo pé perdido.
Enquanto procurava pelo chinelo sumido Danilo pensava se poderia ter entrado em casa com apenas um no pé, ou mesmo deixado um em cada lugar. Mas tal fato era sombriamente impossível e ele se recordava bem do local onde deixara os chinelos. Passado alguns minutos sem sucesso na busca ele resolve descer descalço para brincar.
Ao anoitecer Danilo volta do play sabendo que ou seu pai ou sua mãe já estaria em casa. Ao entrar, encontra com sua mãe fazendo seu jantar e toma banho para comer à mesa. Alguns minutos mais tarde seu pai chega e nota, embaixo da máquina de lavar, um chinelo. Imediamente o reconhece como sendo de seu filho e o entrega.
Danilo ao receber o chinelo fica assutado pelo local onde seu pai o encontrou seria loucura pensar que ele mesmo teria jogado àquela peça lá. Mas mesmo assim dedice não falar nada com ninguém. O garoto põe-se a pensar se seu apartamento era mal-assombrado, mas aquilo não faria sentido acontecer somente com ele, então pensativo, o intrigado menino se coloca para dormir.

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