terça-feira, 5 de dezembro de 2006

O Problema de Danilo

Danilo já mais velho, agora tem uma nova visão da vida. Premonições, e assombrações não mais o assustam e sim aguçam sua curiosidade. Porém acontecimentos noturnos ainda chamam sua atenção para uma realidade que o jovem rapaz ainda não podia lidar.
Com a internet ainda se desenvolvendo o único acervo de informações eram livros e amigos. Nos livros era difícil encontrar algo sem sequer saber o tema e os amigos forneciam vários caminhos sem precisão. Alguns mesmo achavam engraçado tudo que Danilo contava.
Mas afinal o que é o "problema de Danilo?" Bom, o problema de Danilo consistia na interseção de acordado e sono. Muitos passam por esta fase direto, sem se dar conta, alguns entram em sono profundo poucos minutos após se deitarem. Mas para Danilo todas as noites eram um grande problema.
A rotina do jovem rapaz era praticamente a mesma: estudos, exercícios físicos, sair com amigos ou parentes, visitar familiares, assistir TV e jogos. Com o hábito de dormir cedo Danilo procurava estar deitado na cama antes das 22 horas. Mas a noite guardava segredos sinistros para ele.
A rotina, tanto de dia, quanto a noite, era a praticamente monótona. Caso Danilo não estivesse muito cansado ao deitar para dormir o tempo até o sono profundo parecia tomar vida própria. As coisas ocorriam quase que de duas formas similares.
Uma das formas era após alguns minutos deitado, aguardando o sono, Danilo caía num leve sono e rapidamente num sonho bem criativo que misturava estranhas realidades que serão ditas mais a frente. A outra forma, de fato, era bem mais assustadora. Pois deitado, aguardando o sono ia para um estado de sonolência e neste estado várias coisas ocorriam. Sem dúvida este estado o assustava muito, Danilo freqüentemente torcia para cair logo no sono e não passar por esta situação.
No estado de sonolência Danilo experimentava estranhos e assustadores fenômenos como não conseguir se mexer, mesmo de olhos abertos; sentir afundar através da cama, mesmo ainda parado nela; sentir-se inflar até encostar no teto e muito mais. Seja qual fosse a sensação, sem dúvida, era muito assustadora e o incomodava muito.
Durante o entendido e chamado por ele como "sonhos reais", Danilo podia atravessar paredes e objetos, ver e conversar com pessoas falecidas, ver pessoas vivas em suas casas, visitar países distantes e muito mais. Danilo tentava colocar tudo a prova de maneira poder entender e mesmo acreditar no que estava acontecendo.
Um dos exemplos de testes que Danilo fazia para definir a "?realidade de seus sonhos" era pegar uma folha de papel, cortá-la em 10 pedaços e escrever em cada pedaço um número. Então, sem olhar, ele pegava, por sorteio, um dos papéis e, cuidadosamente, sem ver qual número estava escrito nele, colocava na parte mais alta do armário que estava em seu quarto.
Então durante seus ?sonhos? a primeira coisa que ele fazia era ir voando até a parte de cima do armário e observar o número grafado no papel. Ele o fazia e saia em seguida para qualquer que fosse o local. Ao acordar Danilo tinha o número em sua mente e subia no banco para pegar o papel e verificar o número lá por ele deixado e já observado. Danilo nunca errara.
Mas tudo que se passava desde a hora em que Danilo se punha a deitar até a hora em que despertava era de fato muito assustador. Danilo odiava tudo aquilo que ele passava durante a noite e morria de medo. Eram coisas ele acreditava jamais poder entender ou alguém poder explicar e ajudar. As sensações de gravidade, e todos os sentidos humanos ao acordar eram maravilhosos para o jovem rapaz que experimentava uma noite repetitiva de sono conturbado e misterioso.

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