terça-feira, 29 de maio de 2007

Vegetarianismo

 

Ainda me lembro de Danilo falando sobre a vida, evolução e vibrações. Certa vez, minha mãe o convidara para jantar em nossa casa. E quando ele negara um pedaço de frango, lhe perguntei o porquê.

Como todas as grandes explicações, o que ele me diria naquele momento, para mim, mais pareceria engraçado a que uma explicação. Mas ele sabia perfeitamente qual efeito suas palavras naquela hora e depois, teriam sobre minha pessoa.

Para entendermos o que e porque conceber o respeito à toda vida, é preciso remontar toda nossa evolução física e espiritual.

No caminho espiritual, desde a libertação da Mônada até o retorno à mesma, sofremos mudanças vibracionais que determinaram nossa forma em certos planos. Na Terra, passamos pelo mineral, vegetal, animal até chegarmos ao homo-sapiens. Obviamente cada passagem e experiência, em cada uma destas formas físicas, encontra direto com as necessidades em cada plano.

Ou seja, se somos plantas, fazemos fotossíntese; se somos animais, comemos carne e se somos humano? Acho que esta é uma questão que cada um pode responder.

Certa vez, quando minha mãe perguntou a Danilo o porquê da frescura de não comer carnes ele nos deu uma das explicações mais sábias que já ouvi, era algo assim: "não preciso tirar uma vida para satisfazer uma vontade. E antes que diga que se trata de necessidade, lhe pergunto o que aconteceria se eu nunca o fizesse, por acaso eu morreria? Se sentimos necessidade de algo, não será fazendo o pior que a supriremos em sua totalidade. Se não encontramos todas as substâncias que precisamos em vegetais, devo tirar a vida daquele que a possui pra nutrir-me ao invés de procurar direito?"

A determinação dele era fantástica, somente não entendia aqueles que de fato ainda não podiam.  Alguns riam, outros ficavam mudos, outros zombavam e depois entendiam.

Para aqueles que me falam que o animal já esta morto, eu respondia que isto era uma desculpa para desviar sua consciência e poder satisfazer a um desejo animal o qual precisamos deixar e não cultivar.

Para os que achavam prático ou serem inocentes de ir ao mercado comprar a carne de um ser que teve sua vida brutalmente interrompida eu dizia que apoiar uma ação tem o mesmo efeito de executá-la e lhe submete as mesmas leis. Pois, comparativamente, você é igualmente tão culpado de matar alguém, quanto pagar alguém para fazê-lo.

A mesma idéia pode ser usada contra aqueles que compram animais vivos no intuito de salvá-los ou dar-lhes melhores tratos. Você está financiando e motivando uma ação errada, carmicamente errada.

Fora toda a gama de ação e carma reverso, ainda existe o problema da ingestão. Retirar uma vida o submete a determinada fração do carma da vida retirada, mas a ingestão da carne daquele assassinado traz o reforço das conseqüências não somente à seu espírito, mas à  sua mente e corpo físicos também.

Seu corpo pode ser o resultado de tudo aquilo que você fala, pensa, age e come. Seu estado de espírito e o que você vai atrair também pode ser uma resultante de tudo isto. O corpo que ingere a carne de animais assassinados tende a sofrer mudanças físicas e vibracionais o sujeitando a doenças, estados emocionais irritativos e vibrações pesadas. Creio que não seja necessário comentar cada uma destas conseqüências...

Para aqueles que zelam por alguma religião, creio ser interessante ressaltar que grande parte das religiões condena, ou limita em algum momento, o consumo de carne. Religiões mais antigas, que não tiveram seus mandamentos, escritos e evangelhos alterados de modo adequá-los a sociedade política da época, também abominam tal consumo.

Não é também muito curioso que o consumo de carne varie de área para área? De etnia para etnia? Grandes mestres, que não tiveram sua estória utilizada de forma política, jamais ingeriram carne e condenavam brutalmente a violência contra os animais e a ingestão de suas carnes.

            Pessoas, mesmo sem religião ou crença, que cessaram o consumo de carne se sentiram sensibilizadas à bondade, paz, às benfeitorias. Desfrutaram de uma saúde melhor e um estado de espírito mais leve e emocionalmente mais alegre.

            Não temos de sacrificar vidas em nome de prazeres. Já passamos da época de precisar matar para viver. Somente aqueles que ainda estão mais para o plano animal do que para o plano humano ainda o fazem. Pense bem em qual você está.

 

2 comentários:

Alice Helena Pacheco disse...

Infelizmente ainda não evoluí a tal ponto e, se você fizer realmente parte da minha vida, como irá conviver com as carnes?? Vai refletindo, hein!?

Anônimo disse...

Poderia citar aqui algumas pessoas que não fizeram uso do sacrificio animal para saciar suas vontades. Concordo plenamente com o descrito neste texto. Mas acredito que superar as vontades e anseios é fator corretivo que cabe cada um no seu intimo superar.